O ato de estudar
“Tinha chovido muito toda a noite, havia
enormes poças de água nas partes mais baixas do terreno. Em certos lugares, a
terra de tão molhada, tinha virado lama. Às vezes, os pés apenas escorregavam
nela. Às vezes, mais do que escorregar, os pés se atolavam na lama até acima
dos tornozelos. Era difícil andar. Pedro e Antônio estavam transportando numa
caminhonete cesto cheios de cacau para o sítio onde deveriam secar. Em certa
altura, perceberam que a caminhonete não atravessaria o atoleiro que tinham
pela frente. Pararam. Desceram da caminhonete. Olharam o atoleiro, que era um
problema para eles. Atravessaram os dois metros de lama, defendidos por suas
botas de cano longo. Sentiram a espessura do lamaçal. Pensaram. Discutiram como
resolver o problema. Depois, com a ajuda de algumas pedras e de galhos secos de
árvore, deram ao terreno a consistência mínima para que as rodas da caminhonete
passassem sem se atolar.
Pedro e Antônio estudaram. Procuraram
compreender o problema que tinham a resolver e, em seguida, encontraram uma
resposta precisa. Não se estuda apenas na escola. Pedro e Antônio estudaram
enquanto trabalhavam.
Estudar é assumir uma atitude séria e
curiosa diante de um problema.
Estudar não é fácil. Porque estudar é
criar e recriar e não repetir o que os outros dizem.”
Paulo
Freire.
Estamos no ano da eleição. Precisamos
estudar para obter alternativas viáveis, capazes de viabilizar melhorias de
vida para a nossa população. Não só para as pessoas “da sociedade”, mas,
sobretudo, para a classe marginalizada desprovida de condição de vida digna.
Januário
Neto.
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