quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Estudar e Agir


                                  O ato de estudar

       “Tinha chovido muito toda a noite, havia enormes poças de água nas partes mais baixas do terreno. Em certos lugares, a terra de tão molhada, tinha virado lama. Às vezes, os pés apenas escorregavam nela. Às vezes, mais do que escorregar, os pés se atolavam na lama até acima dos tornozelos. Era difícil andar. Pedro e Antônio estavam transportando numa caminhonete cesto cheios de cacau para o sítio onde deveriam secar. Em certa altura, perceberam que a caminhonete não atravessaria o atoleiro que tinham pela frente. Pararam. Desceram da caminhonete. Olharam o atoleiro, que era um problema para eles. Atravessaram os dois metros de lama, defendidos por suas botas de cano longo. Sentiram a espessura do lamaçal. Pensaram. Discutiram como resolver o problema. Depois, com a ajuda de algumas pedras e de galhos secos de árvore, deram ao terreno a consistência mínima para que as rodas da caminhonete passassem sem se atolar.
       Pedro e Antônio estudaram. Procuraram compreender o problema que tinham a resolver e, em seguida, encontraram uma resposta precisa. Não se estuda apenas na escola. Pedro e Antônio estudaram enquanto trabalhavam.
        Estudar é assumir uma atitude séria e curiosa diante de um problema.
       Estudar não é fácil. Porque estudar é criar e recriar e não repetir o que os outros dizem.”
                                                                       Paulo Freire.

         Estamos no ano da eleição. Precisamos estudar para obter alternativas viáveis, capazes de viabilizar melhorias de vida para a nossa população. Não só para as pessoas “da sociedade”, mas, sobretudo, para a classe marginalizada desprovida de condição de vida digna.
                                                                        Januário Neto.

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