segunda-feira, 25 de março de 2013

Inclusão Digital, Sonho ou Realidade?

Gente, que coisa maravilhofsa, será que a gente vai ver aqui perto de nós? Na escola pública?
Meu Deus!!! Eu já estou no final da reta.
Vamos ver...

A informática dominará o mundo... depoimento de um professor. Vejam.

"Caramba. Muitas coisas acontecendo no mundo da educação. Conto-lhes e analiso dois fatos que vivi nestas últimas semanas apressadas que tenho tido por aqui:
1) Leciono uma matéria por semestre aqui em minha universidade intitulada “Entrepreneurship in Emerging Economies”. Os alunos são jovens de 26 a 31 anos provenientes de todas as partes do mundo.
Este ano tenho 54 alunos de 30 países. Quase todos têm projetos que poderiam ser tornar um negócio em breve. Calculo que destes, pelo menos 20% querem começar algo na área de educação. Sei que em muitas turmas de MBA pelo mundo e em muitas incubadoras de negócios isso também está acontecendo. Isso não era assim antes…
2) Antes de começar a matéria, contato com ex-alunos da universidade que há alguns anos tinham projetos empresariais para saber se aceitam explicar para os alunos atuais – através de videoconferências – como evoluíram estes projetos. Dos oito ex-alunos que contatei, vivendo em países como Turquia, Egito, Índia e Romênia, três decidiram começar projetos na área de educação (e seus projetos têm boas perspectivas). Isso não era assim antes…
Alunos no século 21.
Universitários de primeiro ano nos EUA. Foto de Will Richardson.
O que está acontecendo? No mundo da informação massiva e bidirecional os produtos valem cada vez menos. Até os diamantes perdem valor quando sabemos das histórias trágicas que existem por trás deles.
Tal como a informação monopolizada do passado, a informação massiva e bidirecional também constrói e destrói marcas, constrói e destrói mitos, constrói e destrói líderes. Mas se antes essa informação era passível de manipulação por parte de algum membro da cadeia de valor destas organizações, cada vez mais isso se torna possível também em grande escala e por mais e mais pessoas e organizações (sejam elas grandes e poderosas ou não).
Quem sabe adquirir, manusear e transmitir adequadamente a informação, ganha espaço e ganha mercado, independentemente do setor em que atua.
Com a internet, estamos aprendendo a manusear e transmitir a informação de forma muito mais inteligente, apesar de toda a falta de coordenação que naturalmente se instalou.
Ora, a informação sempre foi a matéria prima da educação, tal como é também do jornal, do rádio e da TV. A consequência da informatização da educação se torna então obvia: muito mais gente se torna apta a ensinar (o que é diferente de educar).
Daí os projetos educacionais que pululam por todo o mundo. Alguns deles são tão interessantes e tão inovadores na forma de transmitir informação útil que me fazem perceber que realmente ainda vivemos num mundo extremamente atrasado intelectualmente. Muito está por ser feito nessa área.
As escolas e os meios de comunicação que se limitem a comprar e vender informação deixarão de ter utilidade e de existir. No novo processo educativo, extremamente informatizado, agregará valor ao processo apenas quem puder fazer correlações que convertam esta informação em conhecimento.
Até o final deste século nossos netos verão claramente como éramos limitados em 2012.
Nota adicionada em 10/Novembro/2012: Após lerem esta postagem, alguns amigos comentaram: Como assim “dominará o processo educativo?” Basta ver a foto para perceber que já dominou, não? Na verdade, quando afirmo que “dominará”, no futuro, o faço desde o ponto de vista conceitual e estrutural. Conceitualmente e estruturalmente quase nada mudou: ainda seguimos os processos que seguíamos há centenas de anos. A própria foto que procurei para ilustrar o fenômeno nos remete a um conflito atual entre o modelo antigo e o novo. No modelo antigo uma pessoa falava e cem escutavam. No modelo novo cento e uma pessoas devem falar e escutar. O processo de aprendizagem será diferente. Ainda não descobrimos de que forma, mas certamente será. Estes novos empreendimentos que surgem pelo mundo ajudarão a alterar o status quo do processo em poucas décadas.
Observação importante adicionada em 10/Novembro/2012: O evento Conecta – Tecnologias Educacionais 2012, organizado pela FIRJAN do Rio de Janeiro promete contribuir para este debate ganhar força no Brasil: Conecta – Tecnologias Educacionais 2012".
PENSEM NISSO.

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quarta-feira, 13 de março de 2013

Será que Cultura da voto?



             TRABALHAR COM CULTURA DÁ VOTO SIM!
O título a cima, foi a resposta ou um desabafo como queiram, que fiz juntamente com um também produtor cultural amigo meu, quando conversávamos com alguns prefeitos e assessores destes durante um evento que produzimos juntos a um tempo atrás em uma cidade do cariri paraibano, quando estes nos questionaram que investir na cultura não dá voto. Na hora fiquei pasma com eles. Como poderia Prefeitos/Gestores pensarem tão pequeno? Fiquei indignada com tal questionamento mas logo  me coloquei no lugar deles, pois sei que nunca sabemos de tudo e não conseguimos valorizar aquilo que não conhecemos e nem sempre gestores entendem de cultura e sentem até dificuldade em trabalhar com ela.  Assim resolvi escrever um pouco sobre isso e talvez tirar as dúvidas de algumas pessoas que talvez não enxerguem a cultura como um elemento transformador da sociedade e detentora de muitos votos, mais muitos votos mesmo (digo de passagem), assim como um negócio lucrativo.
 Falávamos o quanto o trabalho com a cultura era mal interpretado por parte da sociedade que insiste em pensar que cultura é evento, e evento com banda de plástico ou forró eletrônico como queiram. Cultura é algo bem longe disso. Como existem pessoas que pensam que evento com forró de plástico é cultura? Socorro! Cadê a velha sanfona, zabumba e triangulo? O forró tradicional? Será que morrerá se não for resgatado a tempo? Este sim é cultura.
Mas o que é cultura mesmo? Cultura são os saberes e fazeres de um povo, o patrimônio histórico arquitetônico (aquele de pedra e cal que você meu caro leitor enxerga ao caminhar em sua cidade observando as construções antigas), patrimônio imaterial (que são as rezadeiras e benzedeiras, as danças a exemplo do inigualável Coco de Roda existente por este Brasil a fora e que se difere um do outro! Que louco! Mas não são danças iguais. Eles mudam de região para região já pensou? O que os torna únicos de lugar para lugar), e tantas manifestações que marcam o Brasil com um caldeirão cultural.
E como  dizer que isso não dá voto? O trabalho com o fomento e incentivo á cultura e serei mais ousada, aquele que é feito principalmente junto a cultura popular (não desmerecendo a cultura erudita), é a bola da vez. Não pensem que estou sendo tendenciosa (pois quem me conhece sabe que pesquiso sobre cultura popular e sabe ainda mais que sou apaixonada por ela. E acredito que ela deve ser valorizada e fomentada sempre! Pois é aquilo que está próximo de nós, do nosso dia a dia, no forró pé de serra que dançamos no São João, nas garrafadas que tomamos como remédio, nas comidas feitas de milho, no balançar da rede, na sandália de couro, no embolador de coco, no violeiro e em tantas manifestações da nossa cultura popular. Não critico quem valoriza o erudito, mas este é tipicamente europeu e caiu no Brasil de paraquedas com a chegada dos europeus as terras brasileiras.)
A cultura é a bola da vez! Valorizar aquilo que se tem na sua região, na sua cidade, na sua rua é a moda do momento. Qual comunidade não se sente feliz quando se percebe que aquilo que ela produz é valorizado por todos? Seja uma dança, um artesanato uma música? Qual o artista popular, qual o grupo folclórico não se sente feliz quando percebe que lhe é dada importância por seu trabalho realizado? Quando este percebe que a partir do momento que seu saber é valorizado sabe que ali a uma tentativa, uma possibilidade de fazer que o seu saber não desapareça. Por que no Brasil em algumas regiões ainda se tem dificuldade de se entender que trabalhar a cultura é algo importante e necessário? Ela é tão necessária quanto a saúde e a educação (Lembrando que para algumas pessoas a educação ou escola é algo inventado e a cultura sempre existiu ela sempre esteve ali, não precisou ser inventada!).
É tão simples e fácil trabalhar a cultura!É tão fácil fomentar aquilo que já é nosso. E com tão pouco se faz isso! Existem várias entidades que estão preocupadas com o trabalho com a cultura no Brasil. Temos desde bancos a exemplo do Banco do Brasil, Santader, Banco do Nordeste, Caixa Econômica Federal á entidades como BNDES, Petrobrás, CHESF, Eletrobrás e tantos outros. Poderíamos passar horas e horas conversando sobre como e onde buscar financiamento á cultura (a cultura de verdade! Pois estas entidades financiam apenas o que é autentico e tradicional). Mas você já parou para se perguntar por que essas entidades se preocupam com o fomento e incentivo a cultura? Porque investir na Cultura você investe no social! Entende? Você estará proporcionando oportunidades a homens, mulheres, jovens, crianças e desta forma proporcionando emprego e renda, contribuindo na diminuição da vulnerabilidade social, menos índice jovens infratores, menos índice de jovens usuários de substancias entorpecentes e assim estaria transformando a sua cidade, seu bairro e sua rua em algo melhor. Nenhuma empresa quer investir em algo que não tenha um retorno benéfico para ela. Ela quer associar o seu nome/imagem a algo bom. E trabalhando a cultura, até mesmo o turismo ela vai gerar a inclusão social e relacionando seu nome a algo satisfatório e benéfico! Além de projetar o local e sua empresa e fazer a economia circular na cidade. Por que alguns municípios do Cariri paraibano a exemplo de Cabaceiras, Taperoá, Monteiro e Boqueirão investem tanto na cultura e cresceram nos últimos anos? Porque Recife tem uma cultura forte?  Porque desde políticos, empresários ao morador mais simples da cidade sabe e reconhece a importância da sua cultura. E sabe que é importante a valorização da mesma e reconhece o seu papel como sujeito detentor dos saberes e fazeres da cultura.
Porque tantos políticos e empresários atualmente associam seu nome a trabalhos culturais? Ao fomento e incentivo a cultura? Por que isso é bom para a imagem deles porque cultura simplesmente dá voto aos políticos e visibilidade ás empresas! Porque a cultura trabalha vários elementos, como saúde, desempenho escolar e gera a inclusão social. Qual mãe e pai que não se sente orgulhoso em ver seu filho em uma aula de teatro, canto, dança, cinema? Por que sabe que seu filho terá oportunidade de ser uma pessoa melhor, por sabe que seu filho não estará nas ruas a mercê de drogas, violência, infrações e por que estará aprendendo algo que poderá usar na sua vida. Terá bom desempenho escolar por que para participar das atividades culturais terá que ter boas notas na escola, carteira de vacina em dia e etc. E que família não vê isso com bons olhos? Qual comerciante/empresário não gosta de ver o movimento em sua cidade quando há espetáculos ou qualquer tipo de evento cultural? Porque sabe que irá faturar um pouco mais, desde a venda de uma linha para a costura de uma roupa da peça teatral á salsicha que irá compor o cachorro quente que será vendido no evento. Fica claro agora por que cultura dá voto, fica claro porque que cultura dá visibilidade a empresas e geram emprego e renda e faz com que aqueça a economia local? Por que atualmente políticos e empresários relacionam sua imagem com a cultura? Porque estes reconheceram e entenderam  ela como algo lucrativo. Por que a cultura virou a menina dos olhos. A botija de votos e de faturamento empresarial. Assim acreditamos que atualmente a cultura começa a ser vista com outros olhos por algumas pessoas. E a tendência será aumentar cada vez mais os incentivos á cultura e o reconhecimento desta como algo valioso a ser trabalhado.
Melissa Araújo

segunda-feira, 11 de março de 2013

Projeto para a Cultura de Jacaraú

Olá vizitantes!
No ano de 2012 eu listei uma série de desafios que a nova gestão municipal deveria enfrentar em 2013. Mostrei desafios em quase todads as áreas da administração pública, porém,  Por esquecimento, não falei da Cultura, depois fui bastante cobrado por isso. Hoje, como membro da equipe responsável pela cultura deste municipio, exponho um projeto intitulado " RESGATE DA CULTURA DE JACARAÚ". Já entreguei cópia aos membros da equipe. Se as ideias forem levadas a sério pela equipe e pelo prefeito poderemos dar passos longos no engrandecimento cultural da nossa gente.



Resgate da cultura de Jacaraú
A cultura compreende a parte  de artes e culinária bem como a conservação de prédios antigos e espaços públicos de lazer, manutenção da história da cidade com seus rituais lúdicos e  de pesares.
Neste contexto faz-se necessário realizar  um levantamento de dados cadastrais que possam ajudar a direcionar as atividades culturais existente em nosso município. Cito como exemplo: Grupos de artesãos e artesãs, grupos musicais, sanfoneiros, gaiteiros, rebequeiros, pifeiros, grupos teatrais, boi de rese, cirandeiros(as), capoeiristas, quadrilhas juninas, cantadores de viola, duplas sertanejas, pintores diversos, etc. Destacar todas as datas comemorativas e selecionar aquelas que a Prefeitura vai realizar alguma atvidade.
É possível criar o espaço da cultura, onde uma ou duas vezes por mês é armada uma tenda em um espaço público para a apresentação de duas ou três categorias de artistas, mais um grupo musical. Obs. Registrar e apresentar em outros ambientes.
É necessário saber quais as construções mais antigas do município e fazer o tombamento para que possa se tornar o patrimônio cultural municipal.
Precisamos realizar uma pesquisa a respeito dos cajueiros e da castanha para sabermos quando essa cultura teve início e de que maneira poderemos patenteá-la.
É necessário rever a História de cada comunidade da cidade, para que não se cometa absurdos como o que acontecera com o alto do cruzeiro. É possível se homenagear alguém, nesse caso o ex-combatente Jorge Vitorino sem por fim a história vida daquele cruzeiro.
A comunidade da caixa d’água precisa ter o seu principal prédio bem zelado, bem cuidado e bem iluminado. A caixa d’água.
A lagoa com os jacarés que deram origem ao nome da nossa cidade precisa ser revigorada, conservada e com alguns jacarés.
Essas são algumas das atividades que a secretaria de cultura poderá se empenhar nesses quatro anos.
            Não expomos neste relatório atividades futuristas culturais, apenas, observamos a degradação da nossa cultura e procuramos apontar meios adequados para resgatá-la. Em um segundo plano, com a cultura já organizada, nós poderemos dar passos maiores aumentando o nível cultural de nossa gente.
Jacaraú, 09 de março de   2013 
José Januário de Oliveira Neto – Ag. Administrativo, coordenador de cultura do município de Jacaraú/PB.