No Evangelho de Lucas, capítulo 15,11-32 Jesus narra a parábola do filho pródigo.
O filho prodigo, é aquele que pede ao pai tudo que lhe é de direito por herança e parte para uma terra distante, lá esbanja toda a sua fortuna levando uma vida desregrada. Ao retornar à casa paterna, renega a condição de filho e pede para ser aceito, se possível, apenas como um servo, um trabalhador, um caseiro. O filho mais velho que ficara em casa reage negativamente, porém o amor, a força e articulação do pai garantem a reconciliação.
Os filhos pródigos deste município agem, quase sempre, em um primeiro momento, de modo diferente, saem do município, de sua pátria, para conseguir fortunas em outros lugares. Quando retornam, não pedem para serem aceitos, seja como trabalhadores ou servos, nem ao menos para serem tratados como filhos e irmãos. Eles querem tomar conta da casa, ignoram o irmão mais velho que sempre esteve aí cuidando das coisas da família, do município e ainda tentam passar por cima da autoridade do pai, como se a sua pátria de outrora estivesse em total abandono. O pior é que, esses filhos ao retornarem, não voltam sozinhos, querem tomar posse de sua casa com os colegas atuais, que não são os seus conterrâneos, os seus patriotas e sim os seus amigos arranjados em suas andanças à busca de fortunas.
O filho pródigo deste município não gasta a sua fortuna em outros lugares, não no período eleitoral, pelo contrário, trazem a sua própria fortuna e a fortuna de seus atuais colegas para tentar comprar a consciência dos cidadãos e cidadãs de sua verdadeira pátria.
O resultado disso tudo, é, que, passado o período eleitoreiro, o filho pródigo que lograr êxito, sendo eleito para gerir os recursos de sua casa (município) reparte o bolo com os seus amigos e colegas e partem em debandada para o seu paraíso fiscal, onde conseguiu a sua fortuna, retornando à sua pátria apenas nos dias, 10, 20 e 30 de cada mês, período em que o FPM é depositado nos cofres de sua pátria abandonada.
Na cultura deste município, ainda tem aqueles que, assim como o filho pródigo, estão apenas esperando o momento de juntar toda a sua herança e fortunas outras mais que puder, para abandonar o seu lugar e se mudar para outros lugares. Nesse caso, esse filho ou filha realmente se assemelha ao narrado na parábola de Jesus, Pois pegam toda a fortuna do município e vão gastar lá fora. O pior é que eles não mais retornam para habitar em seu município, a exemplo daqueles que fizeram fortunas em outros centros e voltaram apenas para sugar e saquear o que restava na casa do pai, ou seja, no “seu município”.
É necessário que algum filho ou filha deste município, que não pense em partir com a nossa fortuna, tenha a coragem de defender os interesses desta família, lance o seu nome para liderar os munícipes, uma vez que, realmente estamos sem rumo, e, jogue a responsabilidade do futuro deste município para que a nossa amada, querida e esquecida população decida, pois a anos e anos sofrem sem essa opção.
Januário Neto 18/10/2
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