sábado, 26 de novembro de 2011

A minha primeira aula do ano letivo

O nosso V encontro, assim como os demais, foi bastante proveitoso, apesar de termos iniciado com um pouco de atraso.
Após as boas vindas do nosso professor tutor foi feito a leitura compartilhada do artigo de Cecília Ramal intitulado: "O computador vai  substituir o professor?"
O texto visa alertar os professores da necessidade de uma auto avaliação a partir dos objetivos de aprendizagem propostos. De forma clara, o texto nos mostra que é impossível tentar concorrer com a quantidade e qualidade de informações  disponíveis na internet. Ao final do artigo,a autora afirma que será preciso reinventare a nossa profissão. Em debate fora pronunciada varias palavras para sintetizar o artigo, Eu também dei a minha colboração: "A socialização do conhecimento".
Na ocasião fora aberta uma discussão sobre o uso dos laboratérios de informáticas instalados nas escolas, chegamos a uma conclusão que será necessário regras, normas e pessoas qualificadas (professores) para assumirem a responsabilidade desses laboratórios.

fizemos ainda uma discussão sobre cooperação ou interação. Neste novo momento de tecnologia da informação o termo cooperação será o mais apropriado para essa nova realidade. 
Passo a expor neste momento, a experiência própria, vivenciada em muitos momentos de formação e sobretudo a partir do ano de 2004, período em que passo a lecionar na rede pública de ensino do Estado da Paraíba. Baseado na experiência de vários movimentos populares e religiosos que tive a honradez de participar, bem como na experiencia vivenciada pelo nosso mestre Paulo Freire. Em cada ano, no primeiro dia de aula, faço questão de apresentar o meu método de ensino, pois os alunos, em sua maioria, estão todos atentos para saber quem é o professor, qual  a disciplina, dentre outras curiosidades. Eu diria aos meus colegas professores que     essa  aula determinará  todas as outras no decorrer do  ano, pode até parecer um exagero essa afirmação, porém é o que eu tenho percebido.
Qual é  o método apresentado?    POCE        PROFESSOR  É O QUE ENSINA, REPASSA CONHECIMENTOS... Orientador  é o que orienta, poís  o  rítimo é tão acelerado em que é transmitida a informação, não temos tempo de processá-las em nossa mente, e mais, a maioria das pessoas não sabem qual a sua verdadeira vocação. Companheiro  é aquele que acompanha passo a passo, que cumprimenta os aluns onde quer que os encontre, que se intromete quando os vê em perigos, seja na escola ou fora dela. É ser amigo. E, por fim, Educador  é aquele que ao lado da família educa para a vida, e outros adjetivos pertinentes a essa palavra que vocês conhecem mais do que eu. Geralmente,ao toque da campanhia, ouço os anunos comentando "o professor é bom, o professor é bom". Mesmo em uma época em que percebo a falência do sistema educativo, não sou o melhor, não sou o pior, porém tenho conseguido ministrar minhas aulas. Talvez eu tenha me antecimpado a esse processo de Educação e Inclusão digital, que sem dúvidas, vai exigir esse novo modelo de professor. Ainda não possuo uma ferramenta que avalie a eficácia deste método, só um grupo de educadores ou educadoras poderão aplicar o mesmo método e ao final do ano letivo mensurar para saber se é ou não eficaz, as variaveis e as probabilidades do mesmo.
Além do método de ensino, POCE, apresento também o método de avaliação, CPF, que não é o cadastro de pessoa física e sim o Comportamento, Participação e Frequência fazendo sempre a resalva na diferença entre ser comportado e participar, e mais, não temos como avaliar quem não está presente, ou melhor, quem não se faz presente. Ainda assim, continuo utilizando os métodos avaliativos de praxis.
Januário Neto

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Os Filhos Pródigos deste Município








               No Evangelho de Lucas, capítulo 15,11-32 Jesus narra a parábola do filho pródigo.
               O filho prodigo, é aquele que pede ao pai tudo que lhe é de direito por herança e parte para uma terra distante, lá esbanja toda  a sua fortuna levando uma vida desregrada. Ao retornar à casa paterna, renega a condição de filho e pede para ser aceito, se possível, apenas como um servo, um trabalhador, um caseiro. O filho mais velho que ficara em casa reage negativamente, porém o amor, a força e articulação do pai garantem a reconciliação.

              Os filhos pródigos deste município agem, quase sempre, em um primeiro momento, de modo diferente, saem do município, de sua pátria, para conseguir fortunas em outros lugares. Quando retornam, não pedem para serem aceitos, seja como trabalhadores ou servos, nem ao menos para serem tratados como filhos e irmãos. Eles querem tomar conta da casa, ignoram o irmão mais velho que sempre esteve aí cuidando das coisas da família, do município e ainda tentam passar por cima da autoridade do pai, como se a sua pátria de outrora estivesse em total abandono. O pior é que, esses filhos ao retornarem, não voltam sozinhos, querem tomar posse de sua casa com os colegas atuais, que não são os seus conterrâneos, os seus patriotas e sim os seus amigos arranjados em suas andanças à busca de fortunas.
        O filho pródigo deste município não gasta a sua fortuna em outros lugares, não no período eleitoral, pelo contrário, trazem a sua própria fortuna e a fortuna de seus atuais colegas para tentar comprar a consciência dos cidadãos e cidadãs de sua verdadeira pátria.
O resultado disso tudo, é, que, passado o período eleitoreiro, o filho pródigo que lograr êxito, sendo eleito para gerir os recursos de sua casa (município) reparte o bolo com os seus amigos e colegas e partem em debandada para o seu paraíso fiscal, onde conseguiu a sua fortuna, retornando à sua pátria apenas nos dias, 10, 20 e 30 de cada mês, período em que o FPM é depositado nos cofres de sua pátria abandonada.
       Na cultura deste município, ainda tem aqueles que, assim como o filho pródigo, estão apenas esperando o momento de juntar toda a sua herança e fortunas outras mais que puder, para abandonar o seu lugar e se mudar para outros lugares. Nesse caso, esse filho ou filha realmente se assemelha ao narrado na parábola de Jesus, Pois pegam toda a fortuna do município e vão gastar lá fora. O pior é que eles não mais retornam para habitar em seu município, a exemplo daqueles que fizeram fortunas em outros centros e voltaram apenas para sugar e saquear o que restava na casa do pai, ou seja, no “seu município”.
        É necessário que algum filho ou filha deste município, que não pense em partir com a nossa fortuna, tenha a coragem de defender os interesses desta família, lance o seu nome para liderar os munícipes, uma vez que, realmente estamos sem rumo, e, jogue a responsabilidade do futuro deste município para que a nossa amada, querida e esquecida população decida, pois a anos e anos sofrem sem essa opção.
Januário Neto 18/10/2

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Educação e inclusão digital

     O Governo do Estado da Paraíba em parceria com o Governo Federal, tem procurado valorizar a Educação de varia formas, uma delas tem sido o curso de Educação e Inclusão Digital, pois além do certificado, será oferecido aos professores cursista, como forma de incentivo, ao final do curso
 um netbook.      
      Em uma época em que a tecnologia tem se tornado uma ferramenta indispensável na formação dos estudantes de modo geral, esse apoio por parte dos governantes está sendo providencial para o avanço do conhecimento em tecnologia e educação digital. Não podemos negar as vantagens de se trabalhar usando a internet, o computador, as redes sociais, impressoras, data show, celular, dentre outras tecnologias avançadas que estão surgindo ou sendo aperfeiçoadas.
     Realizamos nesta tarde, dia 16/11 o nosso 5º encontro, foi ótimo, aprendemos a trabalhar com planilha, usamos como exemplo uma turma de alunos, colocamos o nome da Escola, o nome do aluno, as etapas de avaliação, concluindo com a média global. Aprendemos como usar a fórmula em que o próprio computador nos fornece a síntese bimestral de cada aluno, bem como a média global, tudo isso acompanhado por um tutor que tem muita paciência, pois na pequena turma há alguns que estão começando enquanto outros já estão em um estágio mais avançado, porém o tutor permite que os mais experientes ajudem, quando necessário,  aqueles que estão começando, o que tem tornado as aulas bem mais atraentes.
     O nosso penúltimo encontro foi maravilhoso. Os professores, com a ajuda do tutor, é óbvio, montaram uma apresentação, cada um em sua área específica, com o uso de imagens e textos, baseados em suas próprias aulas. Cada um apresentou o seu trabalho no próprio encontro. Eu confesso: faz muitos anos que eu não assistia uma aula com um corpo de professores tão eclético como aquele  daquela tarde. Também dei a minha colaboração, como professor de Filosofia, Sociologia e Ens. Religioso falei sobre as drogas.
  
     Estou bastante confiante no sucesso deste curso, pois percebo o entusiasmo no comportamento dos colegas, professores e professoras, acredito profundamente que os nossos educandos ganharão bastante com isso. Podemos sonhar com um futuro melhor, onde o bombardeio de informações não nos deixe sem rumos, mas, seja um aliado na construção do conhecimento e na visão crítica dos interlocutores.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O nosso Tempo

            O que é o tempo? O que estamos fazendo com o Tempo? Será que temos ou não temos o Tempo? Ele é nosso, ou não?
            Se nos dermos o tempo de interrogarmo-nos a esse respeito, teremos uma grande surpresa. Se pararmos num momento para olhar o quanto as pessoas estão correndo para cá e para lá, inclusive nós mesmos, iremos perceber que vivemos sem dar sentido ao Tempo e consequentemente a nós mesmos. Não precisamos de tanto para termos uma vida mentalmente sadia. Estamos sempre buscando mais e mais e estamos perdendo o essencial, a nossa própria saúde. Não é atôa que o estresse é considerado a doença deste século
.          No ano de 2004, eu sofri um acidente automobilístico, apaguei por alguns minutos, fui levado ao hospital, oito pontos foram necessários para a sutura na minha cabeça, após ser medicado, solicitei o retorno para casa e no silêncio da volta, refletia: "Que coisa! Eu poderia ter morrido nesta correria, (a velocidade da moto que eu pilotava, bem como a velocidade do chevet  que se chocou comigo, não ultrapassava os 15km p/h), eu não teria mais vivido junto da minha esposa e das minhas duas filhas, teria deixado todos os colegas, os afazeres todos teriam ficados para trás. Resumindo: Eu teria passado pela vida sem vê-la."
          Precisamos viver mais, dar valor as pequenas coisas, a nossa família, aos nossos vizinhos, ao nosso próximo, valorisar algo que com muita luta e suor já conseguimos, mas nunca colocar os objetos acima da própria vida, sacrificando-a em busca deles. Devemos sempre buscar o Ser, pois, sem sombras de dúvidas, o Ter virá como consequencia e necessidade básica do ser. O Tempo é nosso, ele foi criado para nós, não é por um acaso que neste exato momento ele é denominado de PRESENTE e Deus nos  ofereço, façamos um bom uso dele.
          Sem presente não há passado e não haverá futuro. Olhemos para o passado apenas para nos orientar no presente, atuando dignamente no presente, o futuro está garantido.
                                                                                                                                            Januário Neto