sexta-feira, 18 de julho de 2014

Semelhanças entre uma Partida de Futebol e uma Eleição

JOGADORES/POLÍTICOS
Não sou analista político, técnico de futebol ou mesmo bacharel em direito, sou apenas bacharel em teologia e estou concluindo uma especialização em Direitos Humanos, todavia espero por meio de uma analogia esclarecer a minha rede de amigos  e a quem mais interessar, o meu entendimento a respeito do que está ocorrendo nas eleições deste ano, em particular na escolha do novo governante da Paraíba.
Analisando uma partida de futebol observamos os envolvidos: Jogadores, árbitro, bandeirinhas e torcedores. No dia 13 de junho de 2014, a seleção alemã sagrou-se campeã do mundial de futebol. O jogo não foi decidido no tempo normal (90 min), foi necessário que houvesse uma prorrogação com mais dois tempos de 15 minutos de modo que a decisão só saiu ao final da etapa complementar da prorrogação.  Contudo, não tivemos mais de uma final, tivemos apenas uma prorrogação da mesma. É desta forma que ocorre em uma eleição de 1º e 2º turno. O pleito não é decidido no tempo normal, prorroga-se a eleição de modo que se tenha o resultado.  A eleição é uma só, apenas realizada em dois turnos, assim como se prorroga uma partida de futebol.
Outro detalhe a ser observado, sobretudo neste momento em que os mais apaixonados e menos informados afirmam que um dos candidatos ao governo teve o seu registro de candidatura impugnado, ou seja, não pode ser candidato.
Em uma partida de futebol temos o árbitro, autoridade máxima para dirimir quaisquer questões relacionadas ao regulamento do jogo; temos os bandeirinhas que o auxiliam para que o resultado da partida seja o mais justo possível, acontece que, o bandeirinha não tem poder de decisão, apenas auxilia, ele, o bandeirinha, pode até levantar a bandeira indicando alguma arbitrariedade, porém é de responsabilidade do árbitro confirmar ou não através do apito.
Em um pleito eleitoral ocorre algo parecido, o ministério público eleitoral emite pareceres apontando irregularidades e solicitando do Tribunal Regional Eleitoral (TER) a impugnação de qualquer candidato que entendam estar em desacordo com as normas legais estabelecidas para aquela eleição, conforme o caso específico da Paraíba, contudo, cabe ao TER deferir ou não tal solicitação de impugnação.
Na partida de futebol envolvendo a Seleção brasileira e a seleção colombiana, o zagueiro brasileiro Tiago Silva foi punido com um cartão amarelo, isto é, o bandeirinha levantou a bandeira indicando a irregularidade, o árbitro confirmou e aplicou a punição. O técnico da nossa seleção recorreu da decisão junto a FIFA na tentativa de nulidade daquele cartão. A Federação Internacional de Futebol entendeu que a arbitragem agiu corretamente e manteve a decisão.
Da mesma forma pode ocorrer neste pleito eleitoral em relação ao pedido de impugnação. O TER pode acatar ou não tal solicitação. Eu acredito que não acatará uma vez que já emitiu certidão de quitação eleitoral ao candidato ao governo envolvido neste imbróglio. Se ainda assim, confirmar o pedido de impugnação emitido pelo MPE, cabe ao candidato prejudicado recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral, que por sua vez,  recorrerá a vários entendimentos, atos jurisprudenciais e a nossa Carta Magna e desta forma decidir. Como se vê, há um longo caminho entre a solicitação de impugnação e a impugnação real, sobretudo em um País em que a morosidade da justiça é bastante elevada.
Vamos observar os fatos ocorridos e aguardar os acontecimentos vindouros, pois eles devem confirmar esse meu entendimento. Quanto aos candidatos eu sugiro que cuidem de suas candidaturas, é muito arriscado e perca de tempo buscar a vitória no tapetão. A judicialização no processo eleitoral é uma ferida que mostra a nossa  incapacidade em conviver politicamente numa democracia real.

Januário Neto

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Não basta apenas sonhar

 sonhos juvenis e não de metas reais. Não se vira a página com um consolante “quem sabe na próxima tentativa dá certo” ou “conquistaremos o hexa em 2018”, outro sonho juvenil que já começa a ser semeado e cresce em mentes de quem não conhece a realidade universal. O sonho do hexa vai virar pizza em 2018, como pizza já virou no Brasil. Como na política, a corrupção, o superfaturamento, um viaduto novo que cai, a posse do que é público, as licitações, os crimes hediondos, tudo vira pizza... Menos o sofrimento do povo que trabalha, que acorda de madrugada, que por ônibus queimados anda a pé longas distâncias para honrar seus compromissos, os impostos extorsivos... isso não vira pizza. O brasileiro honesto paga com sangue as suas contas enquanto muitos especialistas em fazer pizza jogam comida, tempo e dinheiro fora, pois estão acima dos brasileiros comuns, dos torcedores, da seleção brasileira, que num instante inexplicável de paralisia mental e física, deixou a Alemanha fazer 4 gols em menos de 7 minutos... ACORDA BRASIL, se o voto é nossa arma, ele é a nossa vida. Aprenda a votar. O Brasil tem que estudar mais os candidatos. O Brasil não pode ser levado por sonhos, mas por realizações. O Brasil não pode votar nem se entregar aos fabricantes desta vergonhosa pizza. Quem justifica o fracasso não aprende. O FRACASSO É UM GRANDE PROFESSOR QUANDO COM ELE SE APRENDE. Os conformados em 3º lugar não se tornam campeões, jamais.
Para conquistarmos o hexa temos que ter metas e tarefas realizadas, cada uma a seu tempo. Não há mágicas, feitiçarias, crendices, mandingas, gracinhas, caixinhas, jeitinhos de última hora que forjem campeões verdadeiros. Deve ser uma meta, uma conquista que se faz aos pequenos passos preparando desde a base num projeto racional, viável, por etapas realizáveis, com transparência, honestidade e meritocracia, comparativamente mensurável, com uma estratégia de ação mais definida, delimitada e viável. É a meta que as empresas buscam, o lucro está na realização e o justo e ético reconhecimento do que foi feito. Apesar de boa, a Seleção Brasileira já demonstrava não estar bem nas oitavas de final. Foi a que teve as piores campanhas entre os que foram cabeças de chave. Um vestibulando que “tem um branco” na prova do vestibular não entra na faculdade... “Branco” é falta de preparo não só de conhecimento, mas também emocional. Um time vale mais que seu melhor jogador. Um Cristiano Ronaldo não sustenta um time, assim como os Neymares, Messis, também não... e a Alemanha tem vários líderes no time. Estas são somente as pontas de várias pirâmides que têm sido construídas desde a base e não será difícil formar outro time de semelhante quilate ao que nos festejou com 7 gols, pois todos eles foram cleans, softs, aparentemente sem esforço, nem tantos atropelos de confusões na área... O melhor deles nem foi o número de gols, mas a cortesia e elegância no trato com os seus vencidos brasileiros...
Quanto maior o sonho juvenil, maior é o tombo. O jovem com poucos dados acha-se conhecedor da matéria. Dá-lhe um “branco” na prova e é reprovado. Não adianta aprovar um aluno que não aprendeu. O preço que se paga é muito alto. É o que o Brasil faz com todos os brasileiros. Um aluno que não aprende custa muito mais e rende muito menos que um que aprende. Só estudar é muito pouco. É necessário aprender. Pois o mundo é muito rico e feliz para quem sabe aprender. Aprender é o primeiro passo para se atingir uma meta. Para ter sonhos, basta sonhar. Para atingir metas há também que investir em educação básica. Apesar de sonhar ser uma propriedade do ser humano, o que desenvolveu a civilização não foi um sonho, mas uma realização do planeta que tem 4,5 éons de idade (um éon é igual a um bilhão de anos). Acreditar simplesmente em sonhos de passar de ano sem aprender, de ganhar sem esforço, de atingir a felicidade sem sair da zona de conforto, de ser natural ganhar o hexa porque já é penta é muito mais fácil que planejar, trabalhar com disciplina e empenho para se atingir metas.
ACORDA BRASIL!
Içami Tiba
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