sexta-feira, 17 de agosto de 2012

QUEM PECOU?...


Pessoal, em nossa cidade nos últimos meses e até nos últimos anos um assunto tem pautado as discussões políticas. Trata-se da hereditariedade no modo de administrar.
A palavra de Deus, desde o Antigo Testamento aborda a essa questão de modo claro, objetivo e esclarecedor. O povo de Deus, que sempre errou, sempre teve uma segunda chance e nunca um filho foi condenado pelos defeitos de seu pai. Acompanhemos esses textos e façamos uma hermenêutica trazendo-os para os nossos dias, para que a Palavra de Deus ilumine as nossas mentes e não fiquemos de esquina e esquinas reproduzindo palavras vazias de fé e de conhecimento que ouvimos da boca de alguns ignorantes.

"visito a iniqüidade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem" (Êx 20:5).

       A Bíblia mal interpretada é a mãe das heresias! Esta ameaça pronunciada por Deus se refere aos que não eram salvos, e permaneciam na idolatria, desprezando ao único Deus vivo e verdadeiro.
       É verdade que alguns textos nas Escrituras declaram que o pecado dos pais têm influência sobre a vida dos seus filhos (Lv 26:39; Is 55:7; Jr 16:11; Dn 9:16; Am 7:17). Mas, isto deve ser bem entendido, pois não é uma referência à maldição hereditária, mas à persistência dos filhos de não abandonar os pecados dos pais. Sendo fiéis ao contexto histórico de toda a narrativa, perceberemos que estas passagens são exortações ao arrependimento, porque a punição era por pecados que tiveram origem nos pais, ou antepassados mais remotos, mas eram pecados ainda perpetuados e praticados por eles mesmos.
O profeta Ezequiel denuncia o pecado do povo por acreditar 

"que tendes vós, vós que, acerca da terra de Israel, proferis este provérbio, dizendo: os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotaram?" (Ez 18:2).

       Entretanto, após a repreensão segue a instrução do Senhor dizendo: 

"tão certo como eu vivo, diz o SENHOR Deus, jamais direis este provérbio em Israel. Eis que todas as almas são minhas; como a alma do pai, também a alma do filho é minha; a alma que pecar, essa morrerá (Ez 18:3-4).

       A argumentação do profeta continua em todo o contexto posterior, deixando bem claro que cada um é responsável pelos seus próprios pecados, e não será o filho punido por causa do pai, nem o pai por causa do filho (versos 5-22).
       Os discípulos de Cristo necessitaram ser corrigidos deste erro. Numa certa ocasião encontraram um jovem cego de nascença, e questionaram:

"mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?" (Jo 9:2).

       A redundante resposta de Jesus fechou o assunto, ao dizer que: 

"nem ele pecou, nem os seus pais; mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus"   João 9.3

          Os males físicos e temporais são instrumentos da providência de Deus, para que a Sua glória se manifeste no meio do Seu povo escolhido, e assim, a Sua vontade se torne conhecida (Jo:9:35-39; Rm 8:28).

Como podemos constatar ninguém pode ser penalizado pelos erros cometidos no passado por algum parente, em especial os pais. Quando tratamos do tema administração devemos ter bastante cuidado, pois além da hereditariedade não exercer influência, estamos em outra época onde a municipalização da educação, da saúde e outros setores enviam recursos direto para os municípios e bem mais recursos, pois o nosso país cresceu bastante nos governos do PT e aliados.
            No caso específico de Jacaraú é sabido por grande parte da população que um membro da família Ribeiro fez um ótimo governo neste  município em gestões passadas, logo não podemos condenar a família pelo fato de um outro membro haver feito um governo desastroso.
Outro aspecto a ser observado: Ninguém governa sizinho, no entanto todo governo tem um líder, por mais influência que o grupo tenha sobre esse líder a palavra final será a dele. Outro sim se sabe que é difícil a experiência acumulada abrir espaço para o novo que chega, porém, esse é um processo natural a ser enfrentado pelo novo que está chegando, se assim não fosse não seriamos nós os autores construtores de nossa própria história. Somos influenciados pelo meio em que vivemos e ao mesmo tempo damos a nossa parcela de contribuição para que o mesmo se transforme.
Januário Neto.

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